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quinta-feira, 17 de maio de 2012
Boiadeiro ;*
A chegada dos boiadeiros
Ele chega todo feliz.
Uma felicidade que contagia à todos que estão no terreiro. Os que choravam, esboçam um sorriso na canto da boca, os que já estavam felizes, vêem sua felicidade transbordada.
De repente se ouve o sacuir do laço e um grito: ê Boi!
É ele, o boiadeiro acaba de chegar no terreiro, trazendo consigo a magia da felicidade para embalar os corações ali presentes.
Mas não se engane!
Por traz de toda aquela felicidade, ele traz consigo na mesma medida a seriedade rústica para comandar o seu trabalho.
São espíritos que já encarnaram na Terra e viveram como boiadeiros, vaqueiros, vaqueiras, roceiros, homem do campo, e em seu lombo como costumam dizer, carregam as alegrias e a experiência das tristezas vividas tão arduamente enquanto encarnados.
Muitos tiveram seus desencarnes de forma violenta e depois de longo estudo no plano espiritual, baixam nos terreiros como matutos, conhecedores da lida, dos espinheiros da vida e nos acenam com a alegria e esperança de novos dias.
Estão sempre atentos, e ao menos sinal de perigo, sacam logo sua “pexeira”.
Com Boiadeiro não se brinca!
Segue pequeno relato de um boiadeiro:
“Tenho cara de bonzinho e sou bonzinho. Mas se buli com algum camarada, vai sentir minha pexeira no bucho.”
Por outro lado, são excelentes conselheiros, erveiros e sempre falam na cara. Não tem papas na língua.
Seus costumes variam. Os que tomam uma cachacinha e fumam seu paieiro normalmente trabalham na demanda. Outros fumam seu paieiro e tomam o preto (café) que normalmente servem à seus consulentes como remédio, portanto cura.
Salve os boiadeiros, que nos trazem não só a alegria de viver, mas a retidão que nos incutem, a responsabilidade, a esperança e a fé de que dias melhores virão.
Getruá! Salve os Caboclos Boiadeiros!
Mineiro Boiadeiro
Mineiro Boiadeiro, esse mineiro, como é normalmente chamado, vem deu ma peregrinação lá das bandas de Minas Gerais.
Conhecido como Mineiro de Lorena por ter vivido a maior parte de sua vida terrena por estas bandas.
Como todas as entidades desta linha(como linha intermediária), ele trabalha na linha da direita e diretamente ligado à linha da esquerda.
Por ser uma entidade de linha intermediária, ele tem livre passagem por todas as camadas das linhas conhecidas, e também daquelas que não tomamos conhecimento.
Por conseqüência disso, é uma entidade que tem seus trabalhos em todas as direções.
Quando de sua passagem por essa vida, ele foi um grande tocador de boiada, vaqueiro bom de laço e também muito bom de copo, de onde herdou o codinome de mineiro bêbado.
Viveu por muito tempo a tocar a sua boiada pelos campos de Minas e sul do nosso país.
Foi também muito bom com as mulheres, garanhão por natureza, não deixava passar nenhuma prenda sem que com ele passasse um tempo.
Hoje, no astral, ele ainda vem com o mesmo biotipo de sua última vida na terra, como caboclo boiadeiro, vem em nosso socorro, e em socorro de todos os seres aflitos e injustiçados fazendo assim com que todos os males a nós direcionados sejam levados nas patas de sua boiada para os campos longe do alvo ao qual foi enviado.
Por ser uma entidade de força incomum, vem sempre em auxílio das forças do bem, e com a ajuda de outras entidades da mesma linhagem alcançam com firmeza todos os seus propósitos.
Materiais usados em seus trabalhos: Velas vermelhas, charutos, cachaça, punhal, chifre de boi.
Local de entrega: Encruzilhada de caminho de campos.
João Boiadeiro
O Seu João Boiadeiro, sempre montado em um cavalo branco, dá nítida marca de ter habitado o sul brasileiro.
É alto, corpo forte, rosto comprido e queimado pelo sol, com vasto bigode preto.
Assim o Seu João apresenta-se no terreiro.
Gênio alegre e descontraído, pode, quando desrespeitado virar para a irritação e violência.
Tem que ser tratado com muito respeito, que aliás merece, não gostando de intimidade.
Gosta de conversar.
Conta passagens de sua vida sempre ressaltando a liberdade, amor pela natureza, respeito aos animais e fidelidade ao patrão, muito embora diga, que seus patrões são o sol a lua, a chuva, o vento, os campos e rios.
Costuma dizer que ninguém pode ser feliz sem a liberdade.
Faz trabalhos maravilhosos, tanto na Umbanda como na Quimbanda.
Representa a liberdade.
Características
Indumentária Veste bombachas, facão na cinta, capa preta levada lateralmente no ombro, chapéu preto, lenço no pescoço e laço na mão.
Pontos Cantados
Se me chamam Boiadeiro
Boiadeiro, eu não sou não
Só sou tocador de boi
Boiadeiro é o meu patrão
Vem cá guria depressa
Venha ventando
Que é pra ver João Boiadeiro
Cachaça que desce queimando (homens)
Pega as coisas lá pro homem
Chicote ele estala no peito
Não tem boi que seja bobo
De faltar-lhe com o respeito (mulheres)
Chegou, chegou, chegou
João Boiadeiro no terreiro chegou
Chegou João Boiadeiro chegou
BOIADEIRO TOBIAS
As Botinas do Tobias
Há algum tempo comprei no mercado um par de botinas dessas de caboclo, sola de borracha preta e cano curto de couro marrom, com elástico preto nas laterais para facilitar na hora de calçar. Usei uma ou duas vezes e depois fiquei pensando a troco de que tinha comprado uma bota tão caipira (própria para festa junina, mesmo!), ainda por cima tão masculina...e a bota ficou jogada no armário...até o dia que o Tobias me pediu para ficar com elas.
Para os que não o conhecem, o Tobias é um boiadeiro que trabalha comigo há alguns anos, e uma entidade pela qual eu tenho um carinho especial, pois desde a primeira vez que ele desceu no Terreiro do Pai Maneco ele já veio pronto para trabalhar.
Foi uma segunda-feira inesquecível ainda no terreiro antigo, lá na Faculdade Espírita, que a então "Mãe Pequena" Lucília chamou alguns médiuns que já estavam "no ponto" mas que ainda não tinham consciência disso, e disse simplesmente: "_Hoje vocês vão incorporar boiadeiros e VÂO DAR CONSULTAS"
E lá veio o Tobias, boiadeiro sorridente, mulato alto, forte, filho de Oxóssi, galante com as damas e camarada com os homens.
Aos poucos, ele foi contando a sua estória para os cambones que me ajudavam, os consulentes que se interessavam e de quebra para mim, que me recordar das palavras dele sempre que ele ia embora.
O Tobias era boiadeiro na região do Pantanal e aprendeu com um índio velho a usar as ervas. Ele era o responsável pela saúde da comitiva, dos animais e dos seus companheiros de viagem.
Ele sempre diz que no meio do mato, se alguém ficasse doente ou fosse picado por cobra, não teria tempo de chegar à cidade mais próxima e consultar um médico, que além de raros, eram também CAROS!
Então, lá estava o Tobias, que entrava no mato e achava sempre a erva certa, a casca de árvore necessária, o cogumelo não venenoso, a raiz forte para preparar chás, poções, beberagens, emplastos, até mesmo colocar uns ossos no lugar ou de vez em quando consertar um coração partido...
O Tobias era jovem, forte, corajoso e bem disposto e quando tinha chance, também era namorador!
E por que as botinas? Ah, eu disse para ele que se ele queria as botinas MESMO, ele que pedisse permissão de usá-las para o Sr. João Boiadeiro, que era o chefe dele no terreiro. Assim ele o fez na última gira e o Seu João disse que sim, ele poderia usar as botinas.
No dia seguinte, quando estava arrumando o seu material de trabalho, coloquei junto com suas coisas o par de botinas. O Tobias ficou exultante, feliz de verdade e eu quis saber por que de tanta alegria...
Então ele simplesmente me disse que no dia que ele estava distraído no mato, descalço, uma cobra o picou... como era ele que cuidava da comitiva, não teve ninguém para cuidar dele então...
CABOCLO BOIADEIRO
Era goiano, ponteiro de tropa. Aprendeu a laçar quando guri. Seu pai puxava tropa. Foi neto de escravo índio. Gostava de tudo que boiadeiro gosta: boa cachaça, toucinho, feijão tropeiro, carne assada no buraco (de preferência morta um pouco antes...). Andou levando tropa pelas regiões de Goiás e Mato Grosso.
Morreu num estouro de boiada; perdeu muitos amigos assim. Divertiu-se muito em vida; gostava de belas moças...
Quando parados, divertiam-se fazendo competição de laço em vaca parada; à noite faziam fogueira, carne assada, modas de viola, sempre com muita alegria.
Às vezes, em algumas cidades faziam a alegria do povo da região com sapateado, viola, enfim, com a alegria de um passante. Algumas moças, nessas passagens, os seguiam e acabavam tornando-se tocadores de tropa, "homens" como eles...
Como em todo lugar, às vezes brigavam... Morreu com 54 anos, perdeu seu pai numa disputa besta com moradores de uma cidade; essa briga foi por causa de uma "prenda".
Conheceu muito pouco a sua mãe, que morreu doente. Teve apenas uma irmã, que ficou na casa de vilarejo com parentes, onde também nasceu e deixou muito moço para tocar boiado com seu pai. Depois da morte de seu pai não o viu mais....
É quieto, de pouca conversa, quando vivo já era assim, depois de morto continuou da mesma maneira, trabalhando da mesma forma, no seu canto, fazendo o que tem que fazer.
Divertiu-se com muitas mulheres, sem nunca ter amado nenhuma. Seu amor era o gado, e seu cavalo Zaino.
Fuma: Cigarro de palha.
Bebida: Qualquer coisa.
Trabalha com este cavalo há muito tempo (desde que nasceu). É uma entidade antiga
BOIADEIRO NAVIZALA
Sr. Navizala viveu no sertão de pernambuco, no século XVIII,era boaideiro(tocador de gado,como diz). Morava em uma casinha de sapé no meio da caatinga, sua mãe era uma grande médium, chamada por lá de benzedeira ou cruandeira, aos cinco anos de idade, perdeu seu pai, ficando apenas ele e Dona Cecília, sua mãe, com o desencarne do pai, o pequeno navizala sentiu sua vida difícil de sertanejo, tornar-se ainda mais sacrificante, viviam do pouco que a pequena roça, plantada por ele e a mãe, produzia, a pouca idade, não o impedia de ajudar.
Ele carpia, semeava, colhia, enfim, ajudava a mãe em tudo, mas contando com todo o amor de sua humilde e sábia mãezinha, que todas as noites preparava no fogão a lenha, a farofa com banana, uma iguaria para o pequeno navizala, eles rezavam e comiam à luz de um lampião, depois sentavam-se embaixo do pé de juazeiro no quintal, e Dona Cecília ensinava ao filho as coisas da vida espiritual, que ele ouvia maravilhado, quanta sabedoria em uma mulher tão simples, eram felizes, eram felizes quando não estavam na roça, sua mãe atendia muita gente da redondeza, não havia hospital, nem médicos, aquela mulher era a única esperança daquele povo pobre do sertão, tinha vários canteiros de ervas e com elas fazia suas famosas garrafadas, benzia as crianças desnutridas, os agricultores feridos por ferramentas enferrujadas, fazia partos, fazia tudo o que podia e salvava muitas vidas, o pqueno navizala sabia de cor o nome de todas as ervas e com sua vidência apurada, dizia a mãe quando a pessoa chegava acompanhada por obsessores, assim iam levando asuas vidas, Dona Cecília desencarnou dormuindo tranquilamente quando navizala tinha 15 anos, ele chorou muito, estava só no mundo, mas começou a ver a mãezinha que lhe dizia pata ter ânimo e continuar a missão, ele começou então a trabalhar para fazendeiros da região, levava boiadas para todos os cantos do nordeste, assim poderia com suas viagens ajudar mais pessoas, e assim foi, onde ele parava, sempre tinha alguêm doente que precisava dele, salvou muitos e fez amigos em toda parte, sua mãezinha sempre estava a seu lado orientando, incentivando e consolano nos momentos difíceis.
Onde chegava, Sr. Navizala, deixava sua luz, de seu mesmo, só tinha o seu cavalho malhado, companheiro inseparável, o rosário de sua mãezinha e um par de botas gastas, mas gostava mesmo era de andar descalço e adoçar a boca com um pedaço de rapadura, gostava dos banhos de açude, de cuidar dos animais e de conversar com as pessoas, um espírito equilibrado e forte, que nunca se deixou vencer pela aridez da vida. Sua missão na terra acabaou aos 49 anos de idade, assim como sua mãezinha, deitou-se e deixou o corpo, foi para o astral onde pôde abraçar os seus, sua mãezinha, seu pai, seus mentores, no enterro do Sr. Navizala estavam presentes mais de cem pessoas, pessoas que ele ajudou e que sentiam de verdade sua partida, pessoas de todas as partes do sertão, pobres e ricos, agradecidos àquele homem maravilhoso por ter praticado o bem, feito o melhor que podia por todos, ao chegar no astral, ficou surpreso, emocionado, chorou, uma fila se formou, eram muitos que tam~bém queriam abraça-lo, pessoas que ele tinha ajudado na terra. Sr. Navizala, repressenta a força do sertanejo, a luta, a honestidade e a sabedoria daquela linda gente, quando pediu para vir trabalhar, ele escolheu continuar ajudando, pediu para vir com todas as características que tinha como sertanejo, inclusive o linguajar simples e direto, trabalha pela cura espiritual, emocional e física.
P.S.:QUANDO SR.NAVIZALA DESENCARNOU,NO DIA SEGUINTE SEU QUERIDO CAVALO,TAMBÉM SE FOI...QUEM CONHEÇE ESSE MENTOR,SABE QUE ELE NÃO GOSTA DE RODEIOS,É DIRETO,GOSTA DE QUEM O OLHA NOS OLHOS,SE SEU NOME NÃO FOSSE NAVIZALA, SERIA SINCERIDADE!!
Características
Indumentária : Veste em geral, traje de vaqueiro nordestino, com gibão, chapéu e outros acessórios e apetrechos de couro
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Espetacular este quadro,maravilhoso a tese e o desvendar das ações daqueles que desinteressadamente se propuseram a servir ao Cristo interno e ao Cristo Planetário de uma forma segura e direcionada para beneficiar a raça humana. Assim efetivaram suas vidas passando na terra melhorando e beneficiando a todos sem temor, repassando segurança, paz, carinho, respeito e muito amor incondicional.Parabens
ResponderExcluirGostaria de saber do boiaddboi sr.chico laçador
ResponderExcluirGostaria de saber onde João boiadeiro foi deputado
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